Vigilância alerta sobre consumo de alimentos neste verão

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Posted by Ciro Bezerra | Posted on terça-feira, 8 de janeiro de 2008


Com a chegada do verão e o aumento da temperatura ambiente, os consumidores devem redobrar os cuidados com a ingestão de alimentos vendidos nas praias e nas ruas. Crustáceos, caldinhos, sanduíches naturais e até mesmo frutas podem causar infecção intestinal, se manipulados, acondicionados e armazenados de maneira incorreta. Por isso, a Vigilância Sanitária do Recife aproveita esta época do ano para dar algumas orientações importantes.

Em primeiro lugar, deve-se evitar os alimentos expostos ao sol por muito tempo. Fora de sua temperatura ideal, são passíveis de deterioração e, conseqüentemente, riscos à saúde. Isso se aplica, sobretudo, aos alimentos crus, como ostras e crustáceos. “A procedência é muito importante na hora da compra. Por isso, o consumidor só deve comprar esses dois tipos de produtos em estabelecimentos de confiança, pois a contaminação por microorganismos e toxinas é bastante comum”, explica Mônica Alves, nutricionista e inspetora sanitária da Gerência de Controle de Alimentos da Vigilância.

Outro alimento que merece atenção antes de ser ingerido é o espetinho. O ideal é que a mercadoria seja industrializada e esteja sob refrigeração. “É importante que o consumidor só aceite os espetinhos que forem assados no momento da compra”, orienta Mônica Alves. Segundo ela, os sanduíches naturais devem ser evitados, devido à maionese. “É difícil saber se a maionese é caseira. Além disso, tem a questão do produto não estar bem resfriado, o que favorece a rápida degradação. Por isso, é bom evitar”, explica a inspetora.


Já no caso do cachorro quente, só se deve comprar aquele com salsicha e molho devidamente aquecidos. Nessa condição, fica mais propício ao consumo. De acordo com a Vigilância Sanitária, é importante observar também a data de fabricação e o prazo de validade dos sachês de catchup, mostarda e maionese que são consumidos geralmente junto com os sanduíches.

Para hidratar o organismo, o recomendável é dar preferência à água de coco, aos sucos e às frutas. Entretanto, no caso específico das frutas, a pessoa só deve consumi-las quando cortadas na hora. “É sempre bom exigir copos e talheres descartáveis e observar a higiene pessoal do vendedor, como uso de uniforme, cabelos presos, luvas, unhas limpas e sem esmalte”, complementa Mônica Alves. Para o cliente que quer se sentir mais seguro na hora de comer, o indicado é comprar sempre no mesmo quiosque ou na barraca em que já tenha consumido alimentos antes e não tenha sofrido problemas de indigestão.

Entre os sintomas que aparecem com uma intoxicação alimentar, estão náuseas, vômitos, diarréias, dores de cabeça e, em alguns casos, febre. A Vigilância Sanitária informa que a população deve procurar a ajuda das unidades de saúde caso tenha algum problema com o consumo de alimentos. Para denúncias, dúvidas e sugestões, a opção é entrar em contato com o telefone 0800.281.1520, da Secretaria de Saúde do Recife. A ligação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta, das 8h às 19h.



OLHO VIVO

Fique atento aos alimentos:

· Cachorro-quente – verifique se a salsicha e o molho estão devidamente aquecidos. O aquecimento é fundamental para manter a qualidade do produto;

· Batata-frita e peixe - Não consuma caso verifique que foi preparado no local. A Vigilância não permite que os ambulantes manipulem os alimentos na praia pela falta de estrutura física e água corrente;

· Caldinho – Apesar de ser um dos produtos que oferece menos riscos à saúde por ser armazenado em garrafas térmicas, deve-se evitar os acompanhamentos, como o ovo de codorna.

· Produtos industrializados – observe o rótulo (data de fabricação e prazo de validade);

· Gelo – verifique se é plastificado e devidamente rotulado, informando que é para consumo humano;

· Queijo coalho – nunca se deve comê-lo cru. A recomendação é consumi-lo bem assado;

· Raspa-raspa – observe o asseio do comerciante que comercializa esse tipo de produto. Consuma apenas em copos descartáveis.

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