O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que o governo não pretende apresentar uma nova Proposta de Emenda Constitucional em 2008 para implementar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) depois que a prorrogação do chamado "imposto do cheque" foi rejeitada pelo plenário do Senado. José Múcio evitou atacar a oposição após tomar conhecimento do resultado. "Temos que nos dobrar ao resultado. Isso é da democracia. A derrota foi de todos os brasileiros que são atendidos por estes recursos". Segundo o ministro, "cada um vai arcar com as suas responsabilidades". Segundo ele, não haverá punições para os senadores que votaram contra a CPMF. "Não fomos nós que fizemos os senadores reféns, foram outros que fizeram. Só vamos atrás de quem votou a favor. Não tem nada de traição", complementou. Segundo José Múcio, o Bolsa-Família não sofrerá prejuízos, mas outros programas sofrerão cortes. "Vamos conversas com os ministros da área econômica e governo vai ver onde pode fazer os cortes". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o ministro, acompanhou a votação pela TV até meia-noite de quarta-feira (12). "Ele [Lula] acompanhou com serenidade", disse Zé Múcio.
"Não há idéia do governo de reapresentar a CPMF. Vamos pensar numa proposta diferente", disse o ministro, já na madrugada desta quinta-feira (13). O governo foi derrotado na votação da prorrogação da CPMF até 2011 por 45 votos contra 34. A incidência da CPMF sobre as movimentações financeiras vai terminar no dia 31 de dezembro deste ano.
O ministro disse que a derrota traz lições. "Precisamos estreitar as relações com o Senado. Ser parceiros. Também precisamos fazer a reforma tributária e acabar com essas coisas que não são definitivas", disse.
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