Blog do Ciro Bezerra

Noticia com Qualidade

Recife é a primeira capital do Brasil a contar com psicólogos no trabalho com as comunidades das áreas de morro da cidade. Seis profissionais, contratados através de seleção pública, foram incorporados às equipes que realizam o monitoramento dos locais de risco. É mais uma ação pioneira da atual gestão que fortalece o trabalho já realizado pelo município através do Programa Guarda-Chuva. Desde 2001, já foram investidos mais de 240 milhões em obras nas áreas de risco da cidade.

Segundo a coordenadora da Codecir, Nina Macário, a idéia da inclusão dos psicólogos nasceu a partir da experiência adquirida no atendimento às famílias em situação de risco ou vitimadas por acidentes. “Percebemos que aquelas pessoas precisavam de um apoio maior, elas estavam passando por situações muito difíceis e com traumas muito grandes, alem disso notamos que as nossas equipes também sofriam um desgaste muito grande, sobretudo nos casos envolvendo vítimas fatais”.

De maneira geral, o objetivo da ajuda psicológica é auxiliar de forma imediata às pessoas afetadas e minimizar o impacto emocional do evento adverso. Também é tarefa do psicólogo contribuir para a garantia da satisfação das necessidades básicas de sobrevivência; redução da tensão; Ajudar os afetados a tomar decisões práticas para resolver os problemas urgentes causados pelo desastre; Favorecer o desenvolvimento de atividades solidárias e de ajuda mútua; Preservar uma área de segurança para os afetados; Promover o contato social com seus familiares e amigos; e Auxiliar os afetados a localizar e verificar o estado em que se encontram seus entes queridos.

Para a Major Daniela Lopes, Psicóloga da Secretaria Nacional de Defesa Civil, o tema de Psicologia das Emergências e dos Desastres está iniciando o seu desenvolvimento no Brasil e será muito útil à prefeitura de Recife, no desenvolvimento das ações de defesa civil. “Pessoas vitimas de desastres necessitam de ajuda psicológica e social pra recuperar o quanto antes o controle de suas próprias vidas e poder participar ativamente do processo de reconstrução, o que torna fundamental a participação de profissionais capacitados para esta ação”.