A grande surpresa nas transmissões da Band durante o Carnaval foi assistir na telinha flashs ao vivo da folia do Recife e de Olinda, nos intervalos dos trios-elétricos de Salvador. Alguns apresentadores faziam um grande esforço para descrever o que acontecia no Marco Zero ou nas ladeiras olindenses. Outros nem tanto. Nem se davam ao trabalho de explicar o maracatu, a multiculturalidade, muito menos o frevo. Otávio Mesquita, por exemplo, chegou a ser irritante: passou os três dias de transmissões imitando os bonecos gigantes de Olinda ou tentando fazer o passo, na maior gaiatice. E os apresentadores que estavam na Bahia achavam o máximo as imitações que ele fazia e chegaram até a promover concurso de frevo entre eles para ver quem sabia fazer o passo, mas tudo com muita gozação, como se boneco gigante, passista, maracatu, orquestras de frevo, blocos e tantas outras atrações do carnaval pernambucano não tivessem nenhum importância diante dos trios elétricos e cantores baianos. Agora já se sabe - pela Folha de S. Paulo - que essa novidade da Band custou a bagatela de R$ 8,5 milhões, o preço de uma cota de patrocínio que o Governo de Pernambuco comprou da emissora para colocar o Carnaval pernambucano na mídia nacional, quebrando o monopólio da Bahia, que durante anos comandou as noites da emissora nos festejos de Momo. Somado aos R$ 3 milhões que a Prefeitura do Recife deu à Mangueira do Rio de Janeiro para homenagear os 100 anos do frevo, foram torrados R$ 11,5 milhões do suado dinheiro dos contribuintes pernambucanos para divulgar o Carnaval. E viraram cinzas, tudo acabado e nada mais. Claro que é preciso divulgar o Carnaval de Pernambuco, mas é preciso fazer isso com competência. Do contrário nossas atrações ganham o mundo como brincadeiras bestas. E aí não há dinheiro que conserte uma mídia mal trabalhada! (Do site de Divane Carvalho)
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