A ex-premiê paquistanesa Benazir Bhutto morreu nesta quinta-feira aos 54 anos a caminho do hospital Rawalpindi General após ser ferida por disparos a bala em um atentado suicida durante uma manifestação de que participava, ao lado de outros líderes da oposição, no subúrbio de Islamabad (Paquistão). Em sua fala no comício desta quinta-feira, Bhutto deu a entender que era consciente do perigo que corria. "Coloco minha vida em risco para vir aqui porque sinto que este país está em perigo. As pessoas estão preocupadas. Vamos tirar o país desta crise". Filha de uma abastada família de proprietários de terras, Bhutto foi primeira-ministra do Paquistão entre 1988 e 1996, tornando-se a primeira mulher a ser chefe de governo de uma nação islâmica. Seu pai, Zulfikar Ali Bhutto, foi o primeiro premiê eleito do país -ele acabou executado após um golpe militar em 1979. Uol Notícias
De acordo com a polícia paquistanesa, um suicida disparou contra Bhutto quando a ex-premiê deixava o evento e preparava-se para entrar em uma caminhonete. De acordo com Rehman Malik, responsável pela segurança dela, tiros atingiram seu peito e seu pescoço. Em seguida, o suicida explodiu uma bomba, matando ao menos outras 20 pessoas das milhares que estavam presentes ao comício.
Em 1996, deixou o governo sob acusações de corrupção. Apesar de negá-las e atribui-las a disputas políticas, em 1999 optou pelo auto-exílio no exterior. Após oito anos, Bhutto voltou ao país após uma aliança com o general Pervez Musharraf em 18 de outubro deste ano. No dia de seu retorno, mais de 140 pessoas morreram em um atentado que pretendia matá-la.
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