Jeito zen de João Paulo é fantasia

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Posted by Ciro Bezerra | Posted on quarta-feira, 30 de janeiro de 2008


Se fosse um jogo de xadrez a gente podia dizer que o prefeito João Paulo deu um xeque-mate em Humberto Costa e saiu vitorioso na briga pela indicação do candidato que vai disputar sua cadeira na Prefeitura do Recife.

Se fosse uma luta de boxe, com certeza o juiz declararia nocaute de Humberto Costa e ergueria o braço de João Paulo como o grande vencedor.

Mas como se trata de política, pode-se dispensar essas metáforas e ir direto ao assunto sem tantos enfeites: o prefeito do Recife, João Paulo, ganhou com facilidade a disputa com a mais forte tendência do PT em Pernambuco - Unidade na Luta - comandada pelo ex-ministro e atual secretário do governador Eduardo Campos, Humberto Costa.

E de quebra ainda afastou do seu caminho Maurício Rands e Pedro Eugênio, que Humberto Costa sonhava colocar na disputa para tirar da corrida municipal João da Costa, o candidato que João Paulo escolheu e por ele lutou até vencer.

Por ironia o grupo de João Paulo é identificado pela sigla CEU (Campo de Esquerda Unificado), a essa altura motivo de todas as brincadeiras possíveis e imagináveis com a figura do prefeito, o próprio Deus nesse episódio, do qual saiu fortalecido para fazer e acontecer até o dia da eleição.

E se alguém imaginava que o prefeito se curvaria diante de Humberto Costa, certamente não conhece direito João Paulo. Ele jogou pesado na mesa e no ringue e o resultado surpreendeu o Palácio do Campo das Princesas e os adversários do petista. Eles apostaram todas as fichas numa eventual jogada errada que, fatalmente, o enfraqueceria.

Ledo engano. Aquele jeito zen de falar e agir do prefeito é só sua marca fantasia, digamos assim, de fazer política. No hora agá ele é rápido, intuitivo e duro, muito duro, porque em política tem que ser assim mesmo, todo mundo sabe.

Agora, essa história de que com esse final da arenga o partido de Lula está dividido em Pernambuco, que João Paulo vai perder a eleição com João da Costa porque a Unidade na Luta vai cruzar os braços, tudo isso não passa de enganação para os adversários, que continuam sem entender nada do PT nem dos petistas.

Terminada essa batalha, ninguém se engane: eles vão se unir lá na frente porque o partido é cheio de altos e baixos, mil briguinhas internas, o escambau. Mas como a dissimulação é marca registrada dos petistas, quando chegar a hora de aderir ou perder a eleição, a adesão será geral. É só esperar outubro chegar.

Do Blog da Divane Carvalho

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