Em março, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou com pompa a entrada no ar da Fundação Televisão Venezuelana Social (Teves), no lugar da RCTV, até então a campeã de audiência no país. O presidente dizia que a RCTV era "golpista", motivo pelo qual não renovou sua concessão, e que entraria no ar uma TV mais afinada com a Revolução Bolivariana.
Sete meses depois, entretanto, os venezuelanos em sua maioria escolheram ignorar a pública Teves, com a audiência migrando maciçamente para as outras emissoras privadas do país. A RCTV tinha uma média de 30% da audiência, quando foi tirada do ar. A Teves, por sua vez, está atualmente abaixo dos 4%.
A queda de audiência vem sendo registrada desde que a emissora pública começou a funcionar, num fenômeno que só foi revertido nos meses de junho e julho, quando transmitiu com exclusividade os jogos da Copa América de futebol e alcançou 8,9%. Desde então, os números voltaram a piorar: 6% em agosto; 4,6% em setembro; e 3,6% no início de outubro.
"A Teves é como uma colcha de retalhos, feita de forma improvisada", observou o vice-presidente do canal privado Televen, Enrique Alvarado. Ele diz que sua emissora e a também privada Venevisión estão absorvendo a audiência da RCTV.
A TV pública não tem fim lucrativo. Exibe reportagens sobre escolas dirigidas pelo Poder Comunal, programas de saúde e sobre artesanato. Os anúncios são dedicados a programas oficiais.
Do site Adnews
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